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Coluna Vitor Vogas

Pesquisa traz uma ótima notícia para Ricardo. Mas também tem uma boa para Pazolini

Confira aqui os principais números e a nossa leitura sobre o terceiro levantamento da Paraná Pesquisas sobre a eleição para governador do ES

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Lorenzo Pazolini e Ricardo Ferraço podem disputar o Governo do ES

Lorenzo Pazolini e Ricardo Ferraço podem disputar o Governo do ES

O mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas sobre as eleições de 2026 no Espírito Santo traz uma ótima notícia para o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Na disputa pelo cargo de governador do Espírito Santo, Ricardo está crescendo. Pela primeira vez desde que a Paraná começou a medir as intenções de voto para governador do Espírito Santo, em dezembro do ano ado, o vice-governador aparece tecnicamente empatado na liderança com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), no limite da margem de erro. Isso no cenário estimulado – quando os entrevistados têm o a uma lista de possíveis candidatos.

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Pazolini segue matematicamente em primeiro lugar, com 26,1% das intenções estimuladas de voto. Ricardo, porém, aproximou-se dele e atingiu 21,7% das intenções. A diferença matemática entre eles é de 4,4 pontos percentuais. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

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No limite, o vice-governador poderia ter 24,3% (2,6 pontos para mais), ante 23,5% do prefeito (2,6 pontos para menos).

A outra boa notícia para Ricardo é que ele cresceu nos últimos 100 dias e reduziu a vantagem inicial de Pazolini. Até o momento, a Paraná Pesquisas já fez três sondagens sobre a próxima eleição para governador do Espírito Santo. A primeira foi realizada em dezembro de 2024. A diferença entre os dois era de 8,6 pontos.

A segunda foi divulgada em fevereiro deste ano. Um mês antes, Ricardo lançou pré-candidatura à sucessão de Renato Casagrande (PSB), enquanto Pazolini ou a ser tratado publicamente pelo partido dele, o Republicanos, como pré-candidato ao Palácio Anchieta. Nessa segunda consulta, a vantagem de Pazolini sobre Ricardo ficou em 9,1 pontos.

De fevereiro para cá, a vantagem do prefeito sobre o vice-governador caiu para 4,4 pontos.

Desde fevereiro, quando ou para Sérgio Vidigal (PDT) o comando da Secretaria de Estado do Desenvolvimento (Sedes), Ricardo tem recebido (e buscado) uma superexposição e ou a circular intensamente pela Grande Vitória e pelo interior do Estado, não só em agendas oficiais do governo, mas também em eventos políticos e partidários com explícita conotação pré-eleitoral.

Ricardo tem se reunido com prefeitos e recebido manifestações de apoio de alguns deles, como Euclério Sampaio (MDB), de Cariacica, Lucas Scaramussa (Podemos), de Linhares, e Enivaldo dos Anjos (PSB), de Barra de São Francisco – para não mencionar o pai dele, Theodorico Ferraço (PP), de Cachoeiro de Itapemirim. Também já tem o apoio declarado de deputados influentes, como o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), e os federais Gilson Daniel (Podemos) e Josias da Vitória (PP).

> Cordel Político: a Corrida de Arnaldinho para ser Candidato a Governador

Abaixo, isolamos os resultados de Pazolini e Ricardo nas três pesquisas realizadas pela Paraná até agora:

Pesquisa de dez/2024

  • Pazolini: 22,4%
  • Ricardo: 13,8%
  • Diferença: 8,6 pontos

Pesquisa de fev/2025

  • Pazolini: 27,2%
  • Ricardo: 18,1%
  • Diferença: 9,1 pontos

Pesquisa de jun/2025

  • Pazolini: 26,1%
  • Ricardo: 21,7%
  • Diferença: 4,4 pontos

Obs: A lista de pré-candidatos no questionário mudou da primeira pesquisa para a segunda, em fev/2025. Da segunda para a terceira (jun/2025), a lista não sofreu alterações.

A boa notícia para Pazolini

Por outro lado, além da liderança matemática, Pazolini também pode extrair uma boa notícia dos resultados da Paraná: ele se manteve estável desde a medição anterior do mesmo instituto.

O campo da Paraná, desta vez, foi feito entre os dias 28 e 31 de maio, totalizando 1.522 entrevistados, em 45 municípios capixabas. Na comparação com a sondagem de fevereiro, o prefeito só oscilou um pouco para baixo, dentro da margem de erro, de 27,2% para 26,1%. Isso significa que o episódio de Teresina, amplamente divulgado no dia 14 de maio, não abalou, num primeiro momento, as intenções de voto de Pazolini.

Entre homens, eles tem 25,9% das menções. Entre mulheres, 26,4%.

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Os números completos

Abaixo, apresentamos os gráficos com os cenários estimulados das três pesquisas da série realizada até agora pela Paraná Pesquisas. No primeiro levantamento, de dezembro, foi testado um cenário sem o nome de Ricardo Ferraço na cédula (o qual excluímos).

No segundo, de fevereiro, foi excluído da cédula o nome do ex-governador Paulo Hartung (PSD), que tem dado fortes sinais de que não concorrerá a governador. Também foi excluído o deputado federal Evair de Melo (PP), que mudou de plano e quer ser candidato a senador. Em compensação, foram incluídos os nomes do prefeito Euclério Sampaio (que agora declara apoio a Ricardo) e de Josias da Vitória (que diz poder ser candidato a governador, se Ricardo não se viabilizar).

DEZEMBRO (10/12/2024)

FEVEREIRO (11/02/2025)

JUNHO (02/06/2025)

Espontânea

O levantamento da Paraná Pesquisas também prova o quanto os eleitores capixabas ainda estão bem distantes de se interessarem sinceramente pela próxima eleição para o Executivo Estadual, a qual só ocorrerá em outubro do ano que vem. A pré-campanha, contudo, foi prematuramente deflagrada, e possíveis candidatos como Ricardo, Pazolini e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), já botaram o time em campo a fim de se consolidarem no processo.

Na consulta espontânea – a primeira pergunta do questionário, na qual os entrevistadores perguntam em quem o entrevistado votaria, sem lhe apresentar nenhuma lista –, simplesmente 68,2% não souberam ou não opinaram. Para completar, 11,4% responderam que votariam em Casagrande. Como encerrará o segundo mandato consecutivo em 2026, o governador nem sequer poderá buscar a reeleição.

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Senado

A Paraná Pesquisas também aferiu as intenções de voto dos capixabas na corrida ao Senado. Em 2026, incluindo o Espírito Santo, cada unidade federativa terá duas cadeiras em disputa na Casa. Cada eleitor, portanto, poderá votar em até dois candidatos.

Os resultados do levantamento confirmam o amplo favoritismo de Casagrande para ficar com uma das duas vagas no Espírito Santo.

Na consulta estimulada, com uma lista de possíveis candidatos submetida aos entrevistados, cada um pôde citar até dois nomes. Mencionado por 49,2%, Casagrande desponta com folga em primeiro lugar.

Provando sua competitividade, o prefeito Pazolini – que não é tratado por seu partido como pré-candidato a senador – teve o nome testado também para o Senado, aparecendo matematicamente em 2º lugar, com 20,6% das menções.

Mas, à parte Casagrande, o quadro está muito embolado. Tecnicamente empatados com Pazolini estão o deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos), com 19,3%, o ex-governador Paulo Hartung (PSD), com 18,9%, e o senador Fabiano Contarato (PT), com 16,2%.

Fecham a lista, nesta ordem, o ex-deputado federal Carlos Manato (PL), com 10,2%, a publicitária Maguinha Malta (PL), com 9,7%, o senador Marcos do Val (Podemos), com 8,2%, o deputado federal Evair de Melo (PP), com 6,2%, e o deputado federal Da Vitória (PP), com 5,0%.

Avaliação do Governo Casagrande

De modo geral, o governo de Renato Casagrande está muito bem avaliado – o que também explica o seu bom resultado na corrida ao Senado. Seu índice de aprovação chega a 80,1% (algo raro para alguém que se encaminha para o fim do terceiro mandato no cargo). Só 15,7% dos entrevistados o desaprovam.

Para 65,2%, sua istração é ótima (27,4%) ou boa (37,8%). Para 22,7%, é regular. E apenas 10,9% a consideram ruim (3,7%) ou péssima (7,2%).

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