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Menino capixaba ganha presentes por ajudar a prender golpista nos EUA

O filho do casal ajudou a polícia a prender uma das criminosas envolvidas no crime e, como recompensa, foi presenteado pela polícia americana

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Da esquerda para direita: Gleydson Cunha, Henzo e Hiara Lopes posando para foto em família com decoração de Natal ao fundo. A família caiu no golpe do iPhone falso nos Estados Unidos

Família capixaba cai em golpe do iPhone falso nos EUA e filho ajuda polícia americana a prender criminosa. Foto: Reprodução/Instagram

Após cair em um golpe ao comprar um iPhone 14 usado para presentear o filho de 11 anos no dia do aniversário dele, Hiara Lopes, de 28 anos, e Gleydson Cunha, de 36 anos, descobriram que o aparelho adquirido era falso. O filho do casal ajudou a polícia a prender uma das criminosas envolvidas no crime e, como recompensa, foi presenteado pela polícia americana.

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Há seis meses a família se mudou de Vila Velha para Boston, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Com a aproximação do aniversário de Henzo, 11 anos, o casal resolveu presentear o menino com um celular. “Para economizar, buscamos opções no Marketplace. O Gleydson encontrou uma mulher que estava vendendo um iPhone Pro Max de 256GB por US$ 500. Combinamos a compra, nos encontramos com ela no shopping, entregamos o dinheiro e pegamos o celular”, contou Hiara.

Após após a compra, ao configurar o celular em casa, perceberam que o iPhone era falso. Diante do golpe, Gleydson decidiu fazer um boletim de ocorrência. Foi quando começou o que podemos chamar de “roteiro de filme”. Ao se dirigirem à delegacia para relatar o incidente, Gleydson e Henzo reconheceram a mulher que vendeu o celular no estacionamento da própria delegacia. Uma perseguição se desencadeou, com Gleydson seguindo o veículo da mulher, enquanto o filho do casal, Henzo, ligava para a polícia.

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“Assim que ela reconheceu Gleydson, ela entrou na BMW e fugiu acelerada. Ele tentou fazer ela parar, mas não conseguiu. Por sorte, encontraram uma viatura no caminho, que conseguiu deter ela. A mulher começou a falar que o Gleydson tinha apontado uma arma para a cabeça dela e por isso ela estava fugindo. O Gleydson não fala inglês. Então o Henzo entendeu o que ela estava falando e começou a falar com o policial em inglês o que estava acontecendo de fato. O policial revistou o carro e constatou que não tinha arma”, detalhou Hiara.

Enzo, que aprendeu inglês por conta própria no Brasil, exerceu o papel de tradutor durante o incidente, esclarecendo o mal-entendido para a polícia local. A mulher foi conduzida à delegacia na viatura. Gleydson e Henzo localizaram Hiara no local. A família prestou depoimento, e uma investigação sobre o caso foi iniciada. Como o dinheiro estava vinculado à investigação, o casal retornou para casa conformado, sem os US$ 500. A desenvoltura do menino de 11 anos surpreendeu a equipe e até o xerife.

“O xerife até perguntou como ele aprendeu inglês e disse que Henzo havia sido um ‘good boy’. Henzo disse que estava tudo bem e que, por mais soubesse que não teria o celular, estava feliz porque os criminosos estavam presos e não dariam golpes em mais ninguém”, disse Hiara.

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No dia 15 de fevereiro, o telefone tocou e a polícia solicitou que a família voltasse à unidade na semana seguinte para prestar mais esclarecimentos. Foram recebidos com seriedade. Até que o xerife chegou com uma pastinha e uma moça. Eles fizeram umas perguntas em inglês e o casal não entendeu o que se tratava. Eles perguntaram para o Henzo o que ele tinha esquecido na delegacia. Ele respondeu que nada e ficou até um pouco assustado.

A polícia preparou uma surpresa em comemoração ao aniversário de 11 anos de Henzo. Ele recebeu um iPhone 15 novo, acompanhado de outros presentes, como um PlayStation 5, um óculos de realidade virtual, um controle extra, um fone de ouvido e um gift card no valor de US$750. A equipe providenciou uma torta com velas e todos cantaram parabéns para o menino capixaba. O momento emocionante foi registrado e o xerife, em uma carta escrita à mão, expressou seu apoio a Henzo, incentivando-o a manter boas notas na escola e continuar cuidando dos pais.

“O mais importante para mim nem foram os bens materiais. Foi eles se importarem comigo. Quem está longe da família inteira, que só tem mãe e pai por perto vai entender o que é receber aquilo ali. Eles me trataram como família”, pontuou Henzo.