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Dia a dia

Você está comendo plástico sem saber. Entenda o motivo

De 1º a 5 de junho, durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, é essencial refletirmos sobre o impacto da poluição plástica nos oceanos e em nossas vidas

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Cada pessoa consome, em média, 5 gramas de microplástico por semana. Foto: Divulgação

Cada pessoa consome, em média, 5 gramas de microplástico por semana. Foto: Divulgação

Você sabia que, todos os anos, o Brasil despeja cerca de 13 milhões de toneladas de plástico nos oceanos? Esse número alarmante coloca o país entre os maiores poluidores marinhos do planeta. E mais: esse plástico não desaparece. Ele se fragmenta em partículas minúsculas, conhecidas como microplásticos, e volta para nós, na água, no sal, nos peixes e até no ar que respiramos.

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Segundo estudos recentes, cada pessoa consome, em média, 5 gramas de microplástico por semana, o equivalente a um cartão de crédito. E, se nada mudar, até 2050 poderemos ter mais plástico do que peixes nos oceanos.

“A poluição plástica é silenciosa, mas devastadora. Ela ameaça a vida marinha, contamina os alimentos e impacta diretamente a nossa saúde e a dos ecossistemas”, alerta Luana Romero, diretora-executiva do Ideias e especialista em ESG e sustentabilidade.

Números chocantes

  • Mais de 800 espécies marinhas já foram afetadas pela ingestão ou enroscamento em plástico.
  • 92% do lixo encontrado em praias brasileiras é composto por plástico descartável, como copos, talheres, sacolas e canudos.
  • O microplástico já foi detectado em placentas humanas, leite materno e sangue.

Atitudes que transformam

A mudança começa com a consciência. Pequenas atitudes diárias, somadas a ações coletivas, podem gerar um impacto imenso. Precisamos agir com urgência e responsabilidade.

“A boa notícia é que há soluções reais em andamento. Organizações, empresas e governos já investem em inovação, economia circular e novas políticas de consumo. Mas o movimento precisa crescer e também depende de cada um de nós. Nossas escolhas diárias fazem a diferença e podem impulsionar transformações maiores, começando dentro de casa, nas empresas e nas comunidades”, reforça Luana Romero.

O que podemos fazer

Embora mudanças estruturais dependam de políticas públicas e transformações nas cadeias produtivas, as atitudes individuais também são fundamentais para promover a mudança. Comece por aqui:

  • Diga não ao descartável: evite canudos, copos e talheres plásticos;
  • Leve sua ecobag, sacola reutilizável e garrafinha de água;
  • Recuse embalagens desnecessárias;
  • Escolha cosméticos sem microplásticos, como alguns sabonetes e esfoliantes;
  • Separe o lixo corretamente e incentive a coleta seletiva no seu bairro.