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Política

Deputado Erick Musso fala após ‘subir montanha’

Presidente da Assembleia fez pronunciamento ontem para reforçar a independência da Casa e criticou comparações com antecessores

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Musso não tinha se pronunciado desde a eleição antecipada. Foto: Divulgação/Ales

Musso não tinha se pronunciado desde a eleição antecipada. Foto: Divulgação/Ales

O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), falou nesta terça-feira (10) pela primeira vez sobre a polêmica reeleição antecipada para o período 2021-2023, ocorrida no dia 27 de novembro e cancelada no último dia 4. Durante a sessão, ele usou a tribuna para dizer que a eleição não foi antidemocrática e sustentou ter tido o apoio de 24 dos 29 deputados.

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Musso começou o discurso dizendo que “subiu a montanha” para refletir e que, após “descer a montanha”, havia chegado o momento de quebrar o silêncio. Disse querer reforçar a independência da Casa e criticou comparações da sua atitude com as da “Era Gratz”. “É indevida. Injusta. Perversa. Narrativa rasteira de quem usa a política como palanque eleitoral e dela se retroalimenta”, acusou.

O presidente também justificou que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permitiu a antecipação da eleição não foi “uma invenção” da Casa e citou que em junho deste ano a Assembleia Legislativa de Goiás apresentou proposta semelhante.

“Não pesa contra mim qualquer suspeita sobre atos ilícitos e ilegais. Não há contra mim qualquer processo, em qualquer corte, com questionamento que seja sobre minha conduta”, disse.

Ele ressaltou, ainda, os serviços prestados pela Assembleia à população e, por fim, afirmou que “quebrado o silêncio, chegou o momento de voltar à montanha”. Citando Mahatma Gandhi e Nelson Mandela no discurso, concluiu afirmando que seguirá trabalhando pelo povo.

A eleição ocorrida em 27 de novembro antecipou em 432 dias o pleito que deveria ocorrer somente em 1º de fevereiro de 2021. A Ordem dos Advogados do Brasil — seccional Espírito Santo ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo a anulação da eleição e da PEC que permitiu a antecipação. Mesmo após o cancelamento da eleição, a ordem manteve a ação porque a PEC continua em vigor.